segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Pais que batem nos filhos, filhos que matam os pais. Alunos que atiram em professoras. Chefes que agridem verbalmente seus subalternos. Motoristas apressados, estressados que trocam xingamentos, murros e pontapés. Maridos que espancam e humilham suas esposas. A violência está enraizada na sociedade, tão presente em nosso cotidiano que chega a ser vista por muitos como natural e aceitável, como se receber e transmitir esse terrorismo físico e psicológico fosse necessário.
Está faltando educação, tolerância e respeito. Sei que isso é de fácil expressão e dificil ação, mas é o que todos nós deveríamos fazer para viver numa sociedade justa e pacífica. Deveríamos ponderar nossos atos, respeitar as escolhas, aceitar as diferenças, perdoar as falhas. Deveríamos, mas não agimos dessa forma e está aí o problema.
Queremos respeito, mas não respeitamos. Queremos perdão, mas não perdoamos. Queremos honestidade, mas somos desonestos para com os outros. Queremos paz, mas vivemos em guerra. E sempre será assim.
A violência é uma deficiencia de nossa cultura, está conosco desde a infância e continuará incrustada em nosso gênio até o dia de nossa morte.
Esse cáos em que a sociedade se encontra é nossa culpa. Justo nós que nos julgamos tão sábios, humanos, respeitosos, pessoas de bem. Cremos que violência só existe nas favelas das grandes cidades, no Oriente Médio, na casa do vizinho, bem longe de nossos olhos. Grande ilusão e hipocrisia da nossa parte, visto que ela está em nós, em nossas casas, na nossa falta de educação, em nosso caráter e na nossa falta de amor ao próximo.

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